quarta-feira, 16 de junho de 2010

Voltam Mandrake e Flash Gordon



The Last Phantom #1 é outra novidade da Dynamite, com equipe brasileira a sair em agosto. Confira capas do gibi do Fantasma que tem Joe Prado na equipe. Mas... a bomba mesmo vem a seguir.

A Dynamite - editora de quadrinhos heróicos que têm revelado muitos brasileiros (em especial, com Project Superpowers, e Lone Ranger)- entrou em acordo com o ainda poderoso King Features Syndicate e vai por em circulação de novo nas comic shops Flash Gordon e o mágico Mandrake, ainda esse ano.




Os personagens voltam de uma longa hibernação: eles não eram publicados desde 1967.

Do que conhcemos do cuidado editorial da Dynamite, é uma bela espera...


Sobre Flash Gordon, tive oportunidade de escrever este artigo, no Universo HQ, em 2005

No domingo, dia 7 de janeiro de 1934, foi publicada a primeira prancha de Flash Gordon, primeira série desenhada pelo brilhante quadrinhista americano Alex Raymond (Alexander Gillespie Raymond) com argumentos de Don Moore. A série já começou em grande formato, sendo publicada em página inteira.

A dupla se inspirou em uma novela ficcional de Philip Willie e Edwin Balmer, chamada When the Worlds Collide (Quando os Mundos Colidem), mas teve uma grande influência de Edgar Rice Burroughs (criador do romance de Tarzan), que escreveu 11 volumes de aventuras ambientadas em Marte e em Vênus, até 1914. Do ponto de vista editorial, Flash Gordon foi uma tentativa (muito bem sucedida) da King Features Syndicate para fazer frente ao sucesso de Buck Rogers, lançado em 1928 pela Amazing Stories.

A série foi produzida em cores até 30 de abril de 1944: neste período, foram 544 pranchas. Nas histórias, Flash Gordon, Dale Arden (sua namorada) e o cientista Doutor Zarkov tinham como alvo pouco dissimulado o "perigo" amarelo representado pela China, muito antes de Mao Tse Tung (e da Coca-Cola, como diria o Henfil), num cenário projetado para 2015.

Entre outros detalhes que fazem de Flash Gordon uma série única, vale lembrar que foi exatamente com ele que o mundo conheceu primeiro a minissaia, que só viria a se tornar objeto do mundo real em 1966. Também foi o primeiro personagem de HQs a ser adaptado para cinema, em 1936. E é fato público que a NASA se inspirou nos foguetes criados para a série para resolver problemas de aerodinâmica de suas naves espaciais.

Assim, Raymond se insere nos gênios da humanidade: aquela porção de pessoas que, para além de perceber as tendências de seu tempo, trazem o futuro por antecipação.

Os brasileiros tiveram em Adolfo Aizen e sua Ebal (Editora Brasil América Ltda) o maior impulso para a divulgação dos gibis do Flash Gordon, a partir de 1945.

Alex Raymond e Don Moore lançaram, em 1934, Jungle Jim, também pela King Features Syndicate. A série ficou conhecida entre os brasileiros por Jim das Selvas, que - como Flash Gordon - virou filme.

Vale lembrar que está em preparo um filme de Flash Gordon, com direção de Stephen Sommers.

Crédito: a oportunidade deste registro aos leitores do Universo HQ surgiu a partir da agência noticiosa argentina Télam, que publicou o registro em seu despacho diário de efemérides, no dia 7.

Nenhum comentário:

Postar um comentário