Feriado bancário no Uruguai
O que a Petrobrás tem a ver com isso
Temos que tirar o chapéu para a ordem unida dos jornalões brasileiros em seu apoio ao governo. Os donos dos grandes jornais brasileiros têm se demonstrado de uma disciplina ímpar no seu papel de ocluir a realidade.
Assim que cumpriram seu papel de repetir como papagaios que houve uma fusão e não uma venda na CSN, os jornalões foram novamente convocados a espetacularizar a compra da Perez Companc pela Petrobrás, uma ótima forma de desviar a atenção sobre o caso CSN/COMUS.
Os mesmos soldadinhos que saudaram quando foi criado o banco sem bancários, o Patagon, - e que esconderam a quebra do grupo na Argentina foram todos às ruas brindar a compra da petrolífera argentina pela mão do senhor Francisco Gros como prova da nossa pujança regional.
O que seria razoável, não fossem as circunstâncias da compra e – em particular – da parte que vendeu.
Para fazer uma comparação, bancário/a: você compraria uma firma do Nicolau dos Santos Silva?
Pois foi muito pior o que Gros fez.
Além do ‘exagero no valor desembolsado para arrematar a então concorrente argentina’, como aponta a Época, que acrescenta: ‘a Perez Companc é a empresa mais endividada do setor de petróleo em todo o mundo. Seu passivo representa 73% do patrimônio. Na Petrobrás, a taxa, que era de 33%, irá para 42% depois da aquisição’. A família Peirano, de quem a Petrobrás comprou 58% das ações da Pecomp, é detentora de uma unanimidade ímpar: é tida – diretamente ou por meio de eufemismos – de ladra por grupos de pessoas tão diferentes como a burguesia uruguaia, o reacionário jornal paraguaio ABC Color e os correntistas de bancos da Argentina [de todos os tamanhos, acrescento para quem não é bancário, agora, em 2012].
Na verdade, o malabarismo da família Metr...digo Peirano envolve a quebra e a venda a preço vil ao capital holandês da rede de supermercados Disco, na Argentina (episódio no qual a grande imprensa holandesa [em especial o conservador De Telegraaf, cito de memória] demonstrou postura mais correta, denunciando as ações da família. Gritos de ¡Ladrones, devuelvan la plata! ecoaram em frente à residência do banqueiro Jorge Peirano Faccio, agora, dia 18 de julho de 2002. No dia 5 deste mês, pela quebra de um banco no Paraguai, os Peirano tiveram um pedido internacional de captura decretado. Entre outros episódios...
Foi dessa gente que a Petrobrás comprou a maioria das ações da Perez Companc. Qualquer criança de colégio não faria a compra, se fosse com dinheiro próprio.
Mas, ‘estranhamente’, nenhum dos jornalões brasileiros (pesquisa inclui as agências Globo, JB, Folha, e Estado) ‘se lembrou’ de citar a referida família. ‘Estranhamente para dizer o mínimo’.
==================================================
Para leitura dos bancários, foram disponibilizados vários documentos, à época, no site de Marko Ajdarić, em especial sobre ao aludido feriado bancário no Uruguai.
Obrigado por este belo post ... e sorrindo (para nenhum assunto óbvio)!
ResponderExcluirvoyance gratuite en ligne par mail
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir